Certa vez, a mais ou menos 5 anos atrás ,fui em um ritual de cura (Pajelança) pois esse ritual sempre me atraiu e fascinou desde de minha infância, muitas das vezes dormir ao som de pandeiros, palmas ,tambores,matracas e chocalhar dos maracás e fiquei até o término do ritual. Conversando com o Mestre Antônio Luis Corre-Beirada pedir á ele que me contasse uma história sobre Mãe d’água e essa história, irei relatar para vcs.
Um curador (pajé) chamado “Manduca” um dia, pela tarde andando pela beira do rio próximo onde morava , avistou uma Mãe d’água, ela estava distraída de costas,tomando banho e ele foi bem devagar,de mansinho e pulou em cima dela e a agarrou pela guelra. (?)
(alguns antigos dizem que as mães d’água tem guelra)
Prendeu a mãe d’água e levou para sua casa, depois que fez isso, correu pelas redondezas o “acontecido” e todos queriam ver a tal da “Mãe d’água”.
O curador manduca a deixou trancada em seu quarto de segredo (um quarto particular que corresponderia á um “peji” nos cultos afro).
A mãe d’água não era como as pessoas imaginavam, metade mulher e metade peixe e sim uma mulher com aspectos normais (pelo menos na aparência), não comia e nem falava.
O curador (pajé) conversava com ela ,mandava andar pelos arredores da casa e nada ela falava ou fazia, apenas observava o curador e sua servente Dona Pupu ( talvez chamava-se Pulquéria ),todo curador tem uma servente ou assistente.
Ela bebia muita água e sempre ficava parada olhando para eles dois.
Um curador (pajé) chamado “Manduca” um dia, pela tarde andando pela beira do rio próximo onde morava , avistou uma Mãe d’água, ela estava distraída de costas,tomando banho e ele foi bem devagar,de mansinho e pulou em cima dela e a agarrou pela guelra. (?)
(alguns antigos dizem que as mães d’água tem guelra)
Prendeu a mãe d’água e levou para sua casa, depois que fez isso, correu pelas redondezas o “acontecido” e todos queriam ver a tal da “Mãe d’água”.
O curador manduca a deixou trancada em seu quarto de segredo (um quarto particular que corresponderia á um “peji” nos cultos afro).
A mãe d’água não era como as pessoas imaginavam, metade mulher e metade peixe e sim uma mulher com aspectos normais (pelo menos na aparência), não comia e nem falava.
O curador (pajé) conversava com ela ,mandava andar pelos arredores da casa e nada ela falava ou fazia, apenas observava o curador e sua servente Dona Pupu ( talvez chamava-se Pulquéria ),todo curador tem uma servente ou assistente.
Ela bebia muita água e sempre ficava parada olhando para eles dois.
A FUGA DA MÃE D'ÁGUA.
Depois algum tempo a vizinhança não contendo a tamanha curiosidade começaram a fazer de tudo para olhar a mãe d'água mas,isso sópodeir acontecer epla manhã bem cedo, talvez pelo fato do curador ainda encontrar-se dormindo.
Um dia Dona Pupu estava “tratando peixe” (limpando para cozinhar) e a mãe d’água saiu do quarto e se aproximou da cozinha e ficou observando Dona Pupu.
Quando aproveitou-se da distração da servente e avançou e pegou a guelra do peixe e colocou na boca e saiu correndo desesperada em direção ao rio e chegando ao rio,antes de se jogar dentro d’água ,bateu com a mão para a servente e sumiu ,até hoje........
Depois desse acontecimento a vida do curador Manduca não foi mais a mesma,
e segundo o que disseram foi castigo da Mãe d’água.
Será que ele mereceu???
VERDADE OU MERA CONSCIDÊNCIA?????
No ritual de pajelança (cura), em alguns salões de curadores , quando chegam a linha das mães d'água, uma delas canta a seguinte doutrina:
"Dei um tropeço no caminho, feiticeiro jurou de me apanhar" (bis)
"Ah!! eu sou Mâe d'água, sou encantada , ah!!! eu moro no rolo do mar" (bis)
*teria a doutrina dessa mãe d'água alguma relação com a história contada acima ? ou seria mera conscidência?
Doutrina II
"Mãe d'água preta do rio já vem" (bis)
"Ah!!! ela vai entrar (ou tirar ) no couro , ah!! eu naum sei de quem" (bis)
Seria esse mais um dos muitos mistérios desse mundo fascinante chamado de ENCANTARIA?
NOTA:
Essa história me foi passada pelo encantado Antônio Luis Corre-Beirada em conversa comigo e outras pessoas após um ritual de pajelança.
Essa mesma história foi repassada a Yálôrishá Venina carneiro(Mãe Venina D'Ogun) pelo Babálôrishá e fundador da Casa Fanti-Ashanti Pai Euclides Ferreira (Talabyan) em entrevista de maio de 1987 e encontra-se registrada na obra "MARANHÃO ENCANTADO pag. 51 de autoria da Professora e pesquisadora Mundicarmo Ferreti.
Essa história me foi passada pelo encantado Antônio Luis Corre-Beirada em conversa comigo e outras pessoas após um ritual de pajelança.
Essa mesma história foi repassada a Yálôrishá Venina carneiro(Mãe Venina D'Ogun) pelo Babálôrishá e fundador da Casa Fanti-Ashanti Pai Euclides Ferreira (Talabyan) em entrevista de maio de 1987 e encontra-se registrada na obra "MARANHÃO ENCANTADO pag. 51 de autoria da Professora e pesquisadora Mundicarmo Ferreti.
DADOS ESTRAIDOS DA COMUNIDADE ENCANTARIA DO MARANHAO
autoria Márcio Arthur
http://discmarcioarthurhotmailcom.blogspot.com/
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