quinta-feira, 2 de agosto de 2012

As ervas detém grande quantidade de Axé (Energia mágica-universal, sagrada) e quando bem combinadas entre si, detém forte poder de limpeza da aura e produzem energia positiva.

Um banho, com o Axé das ervas dos Orixá do Candomblé, age sobre a aura eliminando energias negativas, produzindo energias positivas.

Um banho de ervas reúne as ervas adequadas a cada caso, agindo directamente sobre esses d...
istúrbios, eliminando os sintomas provocados pelo acumulo de energias negativas.

Ervas indicadas para preparar um banho

Nesta relação, encontra as ervas mais utilizadas, e que são mais facilmente encontradas para uso.

As ervas detém grande quantidade de Axé (Energia mágica-universal, sagrada) e quando bem combinadas entre si, detém forte poder de limpeza da aura e produzem energia positiva.

Um banho, com o Axé das ervas dos Orixá do Candomblé, age sobre a aura eliminando energias negativas, produzindo energias positivas.

Um banho de ervas reúne as ervas adequadas a cada caso, agindo directamente sobre esses distúrbios, eliminando os sintomas provocados pelo acumulo de energias negativas.

Ervas indicadas para preparar um banho

Nesta relação, encontra as ervas mais utilizadas, e que são mais facilmente encontradas para uso.

Estão listadas com a nomenclatura popular, indicando-se também para que orixás se destinam.

-Folha da costa: Todos os Orixás,folha da Nação ketu/nagô
-Erva de santa luzia – Oxum, Ewá
-Pimentinha d’Água :Oxun
-Akòko – Ossaim, Ogun, Oyá
-São Gonçalinho: Oxóssi
-Sete sangrias – Obaluaiyê
-Tapete de oxalá (boldo) Oxalá
-Bete cheiroso – Oxalá, Yemanjá
-Goiabeira – Oxóssi, Ogum
-Mamona – Ossaim, Omolú
-Mamona vermelha – Exú, Ossaim
-Peregun liso: Ogun
-Neve Branca: Oxalá
-Peregun Listrado: Oyá
-Carqueja: Oxóssi
-Umbauba/embaúba :Nanã, Yemanjá
-Gameleira branca: Iroko,Giyan
-Canela de velho:Omolú,Nanã
-Macassá – Oxum, Oxalá, Yemanjá.
-Melissa – melissa oficinalis – Oxum
-Para raio/cinamomo :Oyá
-Beti branco/agua de alevante:Oxalá– Yemanjá
-Alfavaca (erva doce) :Oxalá, Ibeiji, Oyá
-Folha da fortuna recortada: Exú
-Folha da fortuna redonda: Xangô, Airá
-Aroeira : Ogun
-Poejo: Oyá, Ibeiji
-Erva prata: Oyá
-Picão: Ogun
-Patchouli : Oxun
-Alecrim: Oxóssi , Ibeiji
-Guiné: Oxóssi , Osaiyn
-louro: Oyá, Oxalá
-Língua de vaca: Yemanjá
-Alevante: Oxalá
-Dormideira :Nanã
- Pata de vaca – Omolú, Oyá
-Cana do Brejo: Oxóssi e Nanã
-Oriri: Oxun,Ymanjá, Oxumare
-Manjericão: Oxalá, Yemanjá.
-Obó: Xangô, Oumare,
-Erva passarinho: Omolú
-Capeba: Yemanjá
-Folha de Ibí: Oxalá
-Folha de Algodão: Oxalá
-Cana do brejo:Nanã, Oxóssi, Ewá
-Vence demanda: Ogun
-Picão Roxo: Ogun, Oxóssi
-Erva Capitão: Ogun
-Colônia: Yemanjá, Ewá
-Carrapateira: Exú, Omolú
-Barba de velho: Omolú, Nanã
-Erva Batata Doce: Oxumare, Ibeiji
-Erva Tostão: Oyá e Xangô, Obá
-Urtiga: Exú
-Baroneza: Nanã
-Tiririca: Exú,ogun, Odé
-Folha de bambú: Oyá, Oxalá
-Folha jenipapo: Omolú
-Taioba: Oxumare, Nanã, Ewá
-Arruda: Oxalá
-Agrião: Oxalá, Oxun
-Alface: Oyá
-Folha de Tamarindo: Oxalá
-Folha de abóbora: Orunmilá
-Folha da cana: Exú
-Folha do Milho: Oxóssi
-Vitória regia: Oxun
-Folha do limão: Exú
-Folha da mangueira: Ogun
-Folha da jaqueira; Oxóssi, exú
-Folha do baobá: Iroko, Oxalá, xangô.
-Folha do mamoeiro: Oxalá
-Negamina : Xangô, Yemanjá,Obá
-Erva Silvina: Omolú, Nanã
-Folha do cajazeiro: Ogun
-Erva de oxóssi: Oxóssi
-Sabugueiro: Obaluaiye
-Canela: Ibeiji, Oyá
-Pega pinto: Logun, Oyá
-Alfavaca: Oyá
-Arrebenta cavalo: Exú, ogun
-Bananeira: Exú
-Unha de gato: Exú
-Jarrinha: Oxun
-Oripepé: Oxun
-Bredo s/espinho: Yemanjá
-Rama de leite: Yemanjá
-Catinga de mulata: Yemanjá
-Mangerona: Yemanjá, Xangô, Obá
-Gibóia:Oxumare
-Mostarda: Nanã
-Nativo: Obá
-Língua de vaca: Obá
-Língua de galinha: Xangô
-Mutamba: Ewá
-Bredo: Ewá
-Folha de iroko: Iroko, Ossaiy
-Manacã: Nanã
-Babosa: Exú
-Melão são Caetano: Oxumaré, Nanã , Oxun
Baseado em bibliografia, revistas, Internet e relatos populares.

Não use ervas sem orientação e no caso de fins medicinais, não o faça sem indicação médica. Não há responsabilidade médica nas indicações deste site pelo conteúdo ser apenas informativo.

Não indicamos receitas por e-mail.

Para se medicar com plantas você precisa realmente conhecê-las. Peça ajuda aos especialistas da área (ou caso você seja estudioso destas matérias, até adquirir uma confiança e capacitação própria).

Existem ervas frias e quentes que quando combinadas formam a essência desejada para cada Orixá. Não devemos tomar banho de ervas sem ter absoluta certeza que ela não seja contra-indicada ao nosso ori e ao nosso Orixá.
Cargos da Nação Jeje
Sacerdotais:
Vodúnnɔ̀ (Vodunnon): Sacerdote do culto ao Vodun. No Benin, o sacerdote recebe título conforme seu vodun, por exemplo, o vodunnɔ̀ de Sakpata chamam-se Sakpatanɔ̀, o vodunnɔ̀ de Avimaje é o Avimajenɔ̀, e assim por diante.
Toy Vodunnɔ̀ (Tói Vodunnon) ou Tɔ́cέ (Tochê): Sacerdote dos cultos de Mina Jeje (Tambor de Mina),
Nɔ́cέ (Nochê): Sacerdotisa dos cultos de Mina Jeje (Tambor de Mina)
Bakonnɔ̀ (Bakonon): Sacerdote de Fá, adivinhador.
Hùngbónɔ̀ (Rumbôno ou Rumbônon)): Sacerdote do culto ao Vodun, preferencialmente aquele cujo Vodun é um Nagô. Pode designar o filho mais velho de uma casa de santo. No Benin designa o terceiro estágio sacerdotal, uma espécie de “bisavô” de santo.
Găyăkú ou Gănyăkú (Gaiakú): Título sacerdotal, designa a pessoa cujo Vodun é um Nagô e/ou que tenha iniciado pelo menos um filho para um Vodun Nagô. No Sejá Hundê é o título de todas as sacerdotisas.
Donέ (Doné): Título dado às sacerdotisas cujo Vodun pertence à familia de Hevioso e/ou que tenha iniciado pelo menos um filho para um Vodun desta família.
Dotέ: Título dado aos sacerdotes cujo Vodun pertence à familia de Hevioso e/ou que tenha iniciado pelo menos um filho para um Vodun desta família.
Mεjitɔ́ (Mejitó): Título sacerdotal, designa a pessoa cujo Vodun pertence à família de Dan e/ou que tenha iniciado pelo menos um filho para um Vodun desta família. Alguns definem que todo(a) sacerdote(a) que tenha iniciado filhos pode ser denominado Mejitó. A palavra Mεjitɔ́ é traduzida como Mε: pessoa; jitɔ́: gerar, dar origem, podendo significar “pai” ou “mãe”.
Hùngán: É o sacerdote ou sacerdotisa que formou pelo menos um sacerdote, uma espécie de “avô” de “santo”.
Obs: Uma mesma pessoa pode usar os vários títulos, por exemplo, um mesmo sacerdote será Doté para seus filhos iniciados para Hevioso e Megitó para seus filhos iniciados para Dan, embora prevaleça o título cabível para seu Vodun.

Rodantes:
Vodúnsì ou Hùnsì: filha ou filho de santo que vira com o Vodun, corresponde a Yawo do Ketu. Segundo o vodun, a vodunsi pode ser:
A) Ogunsì, Gunsì ou Togunsì: Filhos de Ògún (Gún ou Tògún). Grafa-se Gǔnsìou Ògǔnsì, em fongbé;

B) Aguesì: Filhos de Agué. Grafa-se Agεsì, em fongbé;

C) Odésì: Filhos de Odé;

D) Otolusì: Filhos de Otolu. Grafa-se Otólùsì;

E) Sògbòsì: Filhos de Sògbò;

F) Lokosì: Filhos de Loko;

G) Badésì: Filhos de Badé;

H) Òsúnsì: Filhos de Òsún;

I) Yemanjásì: Filhos de Yemanjá;

J) Tɔgbosì: Filhos de Aziri Togbosi;

K) Azirisì ou Azlisì: Filhos de Naé Aziri;

L) Nanansì: Filhos de Nanã;

M) Pararasì: Filhos de Parará (ou Pararalibu);

N) Avimadjesì: Filhos de Avimadje;

O) Lisasi ou Agamavi : Filhos de Lisa. Grafa-se: Lisàsì (tradução: Lisà = albino + sì = esposa). Grafa-se: Aganmàví (tradução: Aganmà = camaleão + Ví = filho ou descendente);

P) Sakpatasì: Filhos de voduns da família de Sakpata;

Q) Dansì: Filhos de voduns da família de Dan;

R) Ongorensì: Filhos de Bessém.

S) Frekwensì ou Kwenkwensì: Filhos de Frekwen (Kwenkwen), e também podem ser chamados de Ongorensì.

T) Kposusì: Filhos de Kposu;

U) Oyásì: Filhos de Oyá;

V) Ahuansì: Filhos de Ogun e Oyá. Grafa-se Axuàsì;

W) Ewásì: Filhos de Ewá;

X) Ojikunsì ou Jikunsì: Filhos de Dan Jikun (ou Ojikun);

Y) Adeènsì: Filhos de Adeèn;

Z) Hùnsì: o mesmo que vodunsi.

Etemi: significa “meu mais velho”, é a vodunsi que completou 7 anos de feitura, o mesmo que egbomi no Ketu.
Hùnsɔ́ (Runsó): Cargo que designa a mãe pequena. Se grafarmos Hùnsò (pronuncia: Runsô) Teremos a tradução: Hùn = Vodún + Sò = Raio. Ou seja, diríamos Vodún do Raio. Um adjetivo para o vodún Sògbò.
Derέ (deré): Mãe criadeira, é aquela responsável pelo ensinamento às (aos) novatas (os).
Derέ-vitú (deré vitu): cargo que substitui a mãe-pequena ou a deré.
Abosé (abôssé): Responsável pelos carregos e segurança da casa, normalmente é dado a um filho de Gu, pois o vodum também toma cargo.
Ekedjis:
Gonzegan: Ekedji responsável pelo Grá.
Dogan (dôgan): pessoa responsável pela comida dos voduns. Esse cargo pode ser ocupado tanto por uma ekedji como por uma vodunsi.
Nandevó: Ekeji responsável pelas roupas utilizadas pelos voduns, geralmente são pertencentes ao vodun Lissá.
Nandokpé: Responsável pela limpeza dos assentamentos e pedras dos voduns. (Não confundir com Nadopé - despedida dos voduns jeje-mina).
Ogãs:
Kpεnjígán (Pejigã): Responsável por todos os pejis da casa, é quem sacrifica os animais de 4 pata. Significa: Kpεnjí = sobre o altar + Gán = senhor. Trazendo a idéia de ”Senhor que zela o altar”. Ou ainda: Kpεn = pedra + Jí = verbo gerar + Gán = senhor. Trazendo idéia de “O senhor que gera (ou dá a vida) à pedra”.
Gannyikpέn (Gaimpê): Auxiliar do Kpέnjígàn, responsável pela invocação dos voduns. Pode substituir o kpέnjígàn.
Agbájígán (Bajigã): Responsável pelo agbasá (salão) e pelos cânticos. Também cuida dos pátios e dos atinsás.
Gánkutó: Responsável pelos ritos aos ancestrais e por Ayizan.
Gantó: Responsável pelo Gã, instrumento de metal que tem a mesma importância que os atabaques. É utilizado em todas as cerimônias.
Sojatin: Responsável pelos cuidados específicos dos Atinsas – as árvores sagradas. Pode também ser o conhecedor das folhas.
Húntó (runtó): dono do tambor. Responsável pelos atabaques, cantigas e rezas.
Húntógán (runtogã): Chefe dos húntó.
Rundevá, Rundeví, Seneví : Títulos dados em hierarquia para os ogans tocadores de atabaque (Rum, Rumpi, Lé).
Não iniciados
Kajèkaji (Kajekaji): Nome que designa todo aquele que não foi iniciado.
Kosi: Pessoa não iniciada e que não entende nada do culto.
Ahε (Aré): Pessoa não iniciada, porém frequenta o culto.
Ahè (Arê): Pessoa recém-iniciada.
Sòhòkwè (Soroquê) 
É um vodun filho de Mawu e Lissá, cujo elemento principal é o fogo. Muitas são as dúvidas relacionadas a esse vodun. Devido a mistura de cultos, já explicada em outros tópicos, Sòhòkwè passou a ser aglutinado na cultura yorubá, passando a ser confundido com um dos caminhos de Ògún. Segundo o mito yorubá, Ògún Sòhòkè (lê-se Xoroquê) é o Ògún que desceu as montanhas, sendo o ...
senhor das trilhas e do fogo líquido onde, Xòrò deriva do termo yorubá “Sòròrò” ou “Xòròrò” que significa descer ou escorrer e,” òkè” significa montanha. Segundo os mais velhos é um Ògún muito arredio, sendo muito coligado ao seu irmão Èsú e tendo todas oferendas e fundamentações com o mesmo. Dizem ainda que essa “qualidade” de Ògún tem muito fundamento com ègún, sendo ele responsável por todos aqueles que desencarnam em acidentes na estrada ou linha férrea. Em outras casas, Sòròkè deixou de ser uma qualidade de Ògún e passou a ser um Èsú , com as mesmas características do Ògún Sòròkè porém, sendo fundamentado como qualidade de Èsú e passando a ser cultuado como o mesmo. Mas para nós de jeje, Sòhòkwè não é nem Èsú nem Ògún e, sim um vòdún independente, com culto próprio e de características próprias que acabou por ser fundido a cultura desses dois òrísás por ter coisas em comum. Isso ocorreu também com outras divindades como Agbé, Aboto, Azansu, Sogbo, Intoto e outos mais que acabaram aglutinados a cultura de outras deidades africanas, talvez por falta de estudos ou fundamentos. Sòhòkwè é o guardião das casas de jeje, onde Sòhò(lê-se sorrô) significa guardião e kwè(lê-se Qüê) significa casa. Seu assentamento é fixado ao chão, cravado na terra, ao lado do assentamento do vodun Légbà, vodun Ayizan e do vodun Gú (Ogun). Sòhòkwè não é iniciado na cabeça de nenhum adepto pois o mesmo não incorpora. É iniciado apenas na cabeça de ogans e ekedis e possui a função de manter a ordem dentro das casas de jeje, punindo e cobrando quem as derrespeita. Sòhòkwè é o caminho formado pela lava após ser expelida do vulcão, possuindo muito fundamento com Badé, Sògbò e outros voduns que moram nos vulcões e que estão ligados ao fogo e também com Oyá. Sua cor é o Azul escuro e o vermelho, seu dia da semana a segunda-feira . Geralmente quando aparece um filho rodante com arquétipo de Sòhòkwè geralmente é iniciado para Ogun.
Estórias e lendas urbanas sobre a homossexualidade dentro do Candomblé

Muito se é dito e contado em forma de “ouvi dizer” sobre os orixás e sua relação com seus filhos. Infelizmente essas estórias buscam dar uma justificativa divina para atos que são de escolhas completamente nossas e terrenas.
Acredito que usar do orixá pra justificar uma escolha ou um ato seja ainda falta de coragem para mostra
r quem se é verdadeiramente e um subterfúgio de quem ainda vive sob o julgamento e opiniões negativas dos outros.
Nós da equipe do blog apoiamos tanto a liberdade de escolha e de formas de viver a vida, quanto apoiamos a defesa da nossa religião, sobretudo, dos nossos orixás pelos quais passamos anos de nossas vidas tentando seguir suas liturgias e seus preceitos afim de estarmos cada vez mais próximos de suas divinas essências.

Equipe do blog Candomblé: O mundo dos orixás

Existem algumas lendas e podemos chamar também de brincadeira de mau gosto, referente a alguns òrìsás.

Logun Edé é um òrìsá por diversas vezes descritos por nós, como uma divindade masculina, guerreiro, herbalista, caçador e etc.

Não cabe em nosso entendimento pessoas serem manipuladas ou envolvidas em comentários jocosos sobre esta deidade. Logun nunca manifestou em seus filhos qualquer tipo de facilitação para homossexualidade de qualquer sexo. Queremos deixar bem claro e expressamos nossa repudia a qualquer ato homo fóbico, devemos nos ater a energia deste maravilhoso òrìsá, que tem seus encantos e fundamentos muito pouco difundidos. Creio que a inveja e o egoísmo levam algumas pessoas a tentarem manipular as mentes destes filhos diletos de Logun. Òrúnmìlá não nos permite tripudiar de nossos semelhantes, não devemos induzir pessoas a erros, não devemos enganar, não devemos mentir, as 16 Leis de Ifá são claras.

São pessoas que passam anos de sua vida pensando que não podem ter filhos porque são de Iansã, pessoas pensam que não tem sorte no amor por causa de seu òrìsá e tudo isto é uma grande trapalhada que as lendas urbanas vão levando em sua maré de mentiras e enganação.

Mesmo os mais velhos que foram levados por este engodo, ludibriados em sua boa fé e acabaram passando este ensinamento como se fosse um awo (segredo) do òrìsá.

Não há dentro do culto de òrìsá, qualquer contato físico obsceno, as casas mais pudicas em sua maioria colocam Ekeji para dar banhos em mulheres e Ogans para dar banho em homens. Primamos pela boa convivência social, os bons costumes, ao absoluto respeito ao corpo físico de qualquer iniciado ou não, senhoras, senhores, adolescentes, crianças e independente de sua sexualidade têm o mesmo respeito e tratamento.

Não há espaço para promiscuidade ou qualquer tipo de indução a convívio libidinoso, se você receber qualquer tipo de insinuação a este respeito, você tem a
Egungun Babá Obá Olá
EGUNGUN - Nomes, Famílias, Rituais e OrikísNo ritual de Egungun, reside um dos maiores mistérios da cultura e ritualística Yorubana e Dahomeana. O culto ao Egungun, é um culto aos antepassados das pessoas falecidas que eram iniciadas no ritual dos Orixás ou Voduns ou ainda, no próprio ritual de Egun. Este ritual não é uma propriedade africana única. No Japão, existe uma semel...
hança no culto aos antepassados também, e que é de prática nacional. É tão sério e popular, que consegue manter a nação unida em torno desta prática. A única diferença entre estes dois cultos é que no Japão não existe a materialização dos antepassados, enquanto que na Nigéria, no Togo, Benin e Brasil, estas "aparições" são comuns e visíveis a todos os presentes.

É também comum na Nigéria vê-se os Ojés (sacerdotes de Egungun), provocando estas materializações, quando jogam várias roupas (axós - trajes) de Egungun no chão e minutos após, estas começam a inflar e tomar formatos humanos como se corpos existissem dentro de cada uma delas. Tais fenômenos acontecem em plena luz do dia, na rua e diante dos olhos de todos. O ritual começa no Ojubó (camarinha secreta), com oferendas, local onde as roupas são abençoadas e recheadas dos "axés"(força e poder), do ritual. Posteriormente, é feita a oferenda de um "agutã"(carneiro), sobre o "gbodô (pilão) o qual será levado à praça pública e invertido no chão, ou seja, colocado de cabeça para baixo. Após tais atos o Ologbô (sumo sacerdote de Egun) manda distribuir as roupas de cada Egungun que irá se materializar, no chão separadas a cada três metros. Ato contínuo, começam as cantorias sob o rítimo frenético dos "abados" (abanadores de palha) batidos em bocas de porrões" (grandes vasos de barro com bocas largas), acompanhados por "gans e agogôs" (sinetas de metal). - Tudo isto segue uma ritualística e está rigidamente dentro de uma hierarquia milenar.

Os "cargos" (títulos sacerdotais) estão dentro de uma nominação que assim está determinada em escala ascendente: 1 Ojé - 2 Eiedun - 3 Ojé Lese Egun - 4 Ojé alagbá - 5 Alapini - 6 Alagbá e 7 Ologbô. - O ritual é masculino e só permite a entrada de mulheres que sejam filhas de Oyá (Iasan) Igbalé, Oyá Zagan, Oyá, Messe Egun, Oyá Tolú e Oyá Izô. Existe um cargo intermediário com o nome de "Ojé Lesse Orisá", que determina uma intermediação entre o Egungun e o "sirê" (toque) de Orisás ligados aos antepassados. Este cargo e ritual fica mais encravado no ritual de Geledê" da raiz Jêje.
RitualO ritual é complexo e exige uma iniciação demorada para aqueles que dele querem fazer parte. A Invocação chamada "Zerim" ou "Sirrum" consiste de cantigas ancestrais de louvação a cada Egun Babá e tem como base sonora os potes (porrões) de boca larga, agogôs, cabaças e "oberós" (alquidares) com água. Alguns "ilús" (tambores) também são usados e se diferenciam dos demais por serem cobertos com couro de "agutan" (carneiro). As roupas pertencentes aos Babás (pais) são confeccionadas em lantejoulas, vidrilhos, canutilhos, espelhos, cetim, telas e uma mistura de tecidos variados contrastantes entre si. Estas roupas não têm aberturas e são totalmente fechadas da cabeça (que varia de tamanho e formato), até os pés.O ritual começa no barracão com as chamadas e as roupas jogadas no chão ou dependendo da "casa", as roupas ficam dentro do "Ojubó" e à medida que os Babá vão chegando, estas roupas vão inflando e tomando seus formatos humanos(?), andando e falando. É comum ver-se um Babá sentar-se em um trono e gradativamente começar a desinflar até esvasiar a roupa, diante de todos os assistentes. Cada Babá tem a sua peculiaridade, sua cantiga própria, sua entonação de voz, sua roupa e sua linhagem totêmica. Também materializam presentes que deixam para seus filhos e amigos.

Os Babás não devem ser tocados por mão humana e para tanto são dirigidos durante suas apresentações por Ojés que têm nas mãos os "Inxans" (vara de amoreira) que os conduzem com pequenos toques. Porém, não raro, tanto na Nigéria como no Benin ou Bahia, algumas vezes os Babás permitem que alguém lhes apertem um braço ou uma mão para que todos tenham a certeza de que não existe uma pessoa dentro daquela roupa. Os Babás gritam e falam geralmente no dialeto Yorubá Castiço ou Ewe, no que é traduzido pelo Ojé que o acompanha. Os Babás atendem a pedidos mediante a entrega de oferendas (presentes) de momento com os mesmos escritos ou falados durante a cerimônia.
BABÁS EGÚNS FAMOSOS - Nigéria - Benin - Bahia - PernambucoEstes são alguns dos Babás Egungun mais famosos no eixo África - Brasil.
Ojé Ladê - Opetenan - Fatunuké - MamaTeni - Atô - Arô - Ologbojô - Aguian - Baká Baká - Alapiagan - Jootolú - Obilaré - Okin - Arisojí - Ode Layielú - Oba Olá - Oyá Biyí - Lapampa - Sembé - Aparaká - Olúlu - Oyé Ati - Élewe - Alarinsó - Ajóbiéwe - Ajofoyinbó - Aiyegunlá - Alapansanpa - Elegbodó - Awuró - Ijépa - Épa - Élé Fin - Ilóró - Pepéiye - Olókótun - Nouvavou - Mazaca - Zazi Boulonin - Zantahí - Wawá - Nibho - Rataloni - Obé Erin - Ólójé - Ólóhan - Olóbá - Aládáfa - Eléfí, Babá ALAPALÁ e Babá BANBUSHÊ ADINIMÓDÓ.

Estes são os mais famosos Babás do ritual de Egungun do Brasil e na África e, que, de uma certa forma "capitaneiam" os destinos das pessoas e por quê não dizer, o destino do Brasil.
Cantigas Secretas de EgungunRitual Jêje - (Sirrum)
Saudação:Do manã Avalú elo ô,Do manã Avalú jé roissôNainhê jí tu sabé deinhoDo manã Avalú já roissôSokó BeréIná SakóeréEtú nainhê sobe deinhóDo manan Avalú já Roinssó

Invocação:Avalumã, shenuê e shenuêShenuê, shenuê e, shenuê Avalumã shenuê ago no shokotô
Houn já fineuá e, fineuáFineuá fineuáAgô no shokotô.
E azan barékessé...zanAzan berekessé..zanAzan bá Egun
Obé ké makundoKunjala, jála obéObé ké makundo
Egun ma houn belé Rekanssô marruôHoun Belé Sogbô, hounbeléMa houn belé rakanssô marruô
Aziri in mamú êAziri in mamu áIdabaê, Aziri in mamí á

Ritual Yorubá - (Zerin)Invocação: Murace bí Babá Kosé bé MuracebiBabe KoséYá mofú inãYá ko izô Yá kosé béYá kota d´ele seO murecebi Babá Kosé
Ikú to loxê AparakáIkú to loxê Aparaká,E a larê,Ikú oló re ô

Jêje - Yorubá Invocação: Mauá, Mauá, MauáVodunci ilê MauáVodunci ilá MauáLése Korré zó

ORIKY EGUN
Reza secreta YorubanaEgun ayiê Ixibó Orún Móju Baré!!!Sún ré òkún, òrun súnré ô Órun re o, òkún, òrun, òrun re o,Òkú ló gvéré a ko ri i móAkikanjú p´arada a kò bgohun ré,Erín wo, erin ló,Ajànàkú subu kó lê g´ókéEni rené ló s´ájulé órunSun´ré o, Éni rere sùn ré o.
Bi ikú ba ngbowóA ba fun um l´ówóBi ikú si ngb´ébóA ba ra agbó funfun nìkinkìnA ba ni ki ikú o gbá ko s´íjúKo féni rere lê kó jé kó péKo feni rere lê leigbá èmi réSún´ré o, Éni rere sùn´ré o.
Ikú t´ó fó niká silé t´o um éni rereBi ikú ba maa gbó a ba bé ikúA ba dóbálé niwajú ÉlédáA ba fi fere kórin àilónkaA ba ke pe ikú ko sáánúKo fi omo sílé fun abiyamóSugbón ilú di´´tí kó gbóhùnSún`re o, éni rere sùnre o.
Ikú fó`jú kó riramIkú féni búburú silé, o um éni rereBi ikú ba ti de ko gbó´oógun móÉni kú s´ébó tánO simi o si bó Iówó iyónuO di ebóra fun ómó arayéO di òken nin awón Màleká ode-orunSun `re o, éni rere sun´´re o,Kíni a ba wi, kini a ba só ?Kini a ba fi sé ètùtù nlá yi ?Ká tu ikú l´ójú k´a ye isókun ojú
K´a ba adájó ti nda ti a kó le riIkú ti nmu´ni l´ohún, mu´ni léegun ara,O mú´ni wó iínu ilé, a kó re i imóO mu´ni wó iyéwu ré kó padá bóSun´re o, Éni rere sun´´re o.
Ébu rere kója ló si apá kejí odóOjó wo l´a o pàdé iwó òrisá ilé ?Nibó l´a o pàdé iwó òrisá ilé ?O di arinnakó o di oju aláO di okio aláwo ati ti awòrawóO di iwáju Olódùmaré Baba,Ki a to fojú ganni ara wa,Sun`re o, Eni rere sun´re o.

Não se pode confundir Egun e Egungun. Eguns são todos os espíritos de pessoas falecidas. Egunguns são espíritos de sacerdotes e sacerdotisas falecidos, ou seja, pessoas que foram iniciadas no ritual do Orixá ou no próprio ritual de Egungun.

Enquanto no âmbito dos Eguns, existem obsessores, e até mesmo demônios, que viveram e que não viveram, os Egunguns são espíritos antepassados que cuidam em dar continuidade à cultura e às tradições étnicas e tribais, para que seus sucessores (os vivos) tenham a melhor condição de vida possível. Egungun não aceita a mentira e a depravação e tão pouco a corrupção dos costumes e da ritualística. Por esta razão, pouquíssimas são as "casas" de candomblé de Egungun no Brasil, estando restritas à Ilha de Itaparica, na Bahia, em locais conhecidos por "Amoreira" e "Barro Vermelho". No final do século XX e agora no século XXI, algumas tentativas de espalhar o ritual já foram feitas. Algumas com sucesso, outras não. Há que se ressaltar a homenagem ao grande Alagbá Aliba (Eduardo Daniel de Paula) na condução do ritual de Egun em Amoreira. Também destaque para Didi (Deoscoredes dos Santos), o Alapini de Itaparica, no seu trabalho de sucessão do falecido Aliba. Apenas para demonstrar o poder do ritual de Egungun e seus sacerdotes, destacamos da lista de Egungun acima o Babá Bambuxé Adinimodó, que em 1660 foi sumo sacerdote do Quilombo dos Palmares, em Alagoas, e encarregado pelo destino (Odú) de preservar, no Brasil, através dos ensinamentos, a raiz das tradições das diversas tribos africanas, para cá trazidas durante o nefasto tráfico de escravos. Bambuxé foi a alma , o espírito, o corpo e a mente estratégica e espiritual de Palmares, tendo como assessor o Tata Kaundê e juntos deram muito trabalho às investidas dos soldados e comandantes brancos em embates contra as tropas de Palmares. Não teríamos esta relação e este conhecimento, não fossem os ensinamentos místicos que Bambuxê nos legou através dos diversos discípulos que consagrou.

Em nossa visita e vivência em Lagos, na Nigéria, fomos franquiados a constatar e assistir alguns rituais de Egungun, realizadas em pleno dia em praça pública, presenciando as materializações de vários Babás e com eles tivemos a oportunidade de conversar, e trocando idéias, concluímos que eles amam os seus descendentes no Brasil, hoje negros, mulatos, mestiços e brancos. E conforme nos falou Babá Olobogjô e Babá Alapalá não tínhamos ido à África para "catarmos axés" e sim buscar os nossos fundamentos e conhecermos os nossos ancestrais de mais de quatrocentos anos. Para tanto, nos deram roupas, comida e habitação, além de todo conhecimento possível. Com todo orgulho, portanto, criamos esta página em homenagem àqueles que nos possibilitaram existir geneticamente, mantendo o conhecimento da ancestralidade, que nos mantém VIVOS.
Egun ayiê Ixibó Orún Móju Baré!!!Se Alafiá
ORUMILÁ IFÁ ( SENHOR DO DESTINO )
CULTO À ORUNMILÁ



...
A importância de Òrúnmìlà é tão grande que chegamos a concluir que se um homem fizer algum tipo de pedido ao todo poderoso Olòrún ( Deus, o Senhor dos Céus), esse pedido só poderá chegar até Ele através de Òrúnmìlà e ou Èsù, que são somente eles dois dentre todos os òrìsà os que têm a permissão, o poder e o livre acesso concedido pôr Olòrún de estar junto a Ele, quando assim for necessário.

Ainda vale ressaltar que somente Òrúnmìlà e Èsù possuem para si um culto individual, onde são feitos adorações totalmente específicas para os mesmos, também são eles os únicos que podem possuir para somente o seu culto um sacerdote específico.

Isso só é possível pôr causa dos poderes delegados pelo todo poderoso a eles, pois os demais òrìsà são totalmente dependentes de Ifá e Èsù, enquanto que eles não dependem de nenhum dos òrìsà para desenvolverem sua própria evolução, ou seja, o culto à Ifá e Èsù não dependem do culto aos òrìsà, entretanto o culto aos òrìsà dependem totalmente de Ifá e Èsù.

Òrúnmìlà é o senhor dos destinos, é aquele que tudo sabe e tudo vê em todos os mundos que estão sob a tutela de Olòrún, ele sabe tudo sobre o passado, o presente e o futuro de todos habitantes do àiyé e do òrún, é o regente responsável e detentor dos oráculos, foi quem acompanhou Odùduwà na criação e fundação de Ilé Ìfé, é normalmente chamado em suas preces de:


¨ Elérí Ìpín "o testemunho de Deus''

¨ Ibìkéjì Olódúmarè "o vice de Deus"

¨ Gbàiyégbòrún "aquele que está no céu e na terra"

¨ Òpitan Ìfé "o historiador de Ìfé"


 Acredita-se que Olòrún passou e confiou de maneira especial toda a sabedoria e conhecimento possível, imaginável e existente entre todos os mundos habitados e não habitados à Òrúnmìlà, fazendo com que desta forma o tornasse seu representante em qualquer lugar que estivesse.

No àiyé Olòrún fez com que Òrúnmìlà participasse da criação da terra e do homem, fez com que ele auxiliasse o homem a resolver seus problemas do dia a dia, também fez com que ajudasse o homem a encontrar o caminho e o destino ideal de seu orì. No òrún lhe ensinou todos os conhecimentos básicos e complementares referente todos os òrìsà, independente de serem Irúnmolè, Imolè, Ebora, Onílè, Ìyámi Àjé ou Égúngún , pois criou um elo de dependência de todos perante Òrúnmìlà, todos devem consulta-lo para resolver diversos problemas, com pôr exemplo, a vinda de Òrìsànlá à terra para efetuar a criação de tudo aquilo que teria vida na mesma, porém o grande òrìsà não seguiu as orientações prescritas pôr Ifá, e não conseguiu cumprir com sua obrigação caindo nas travessuras aplicadas pôr Èsù, ficando esta missão pôr conta de Odùduwà.

Também Òrúnmìlà fala e representa de maneira completa e geral todos os òrìsà, auxiliando pôr exemplo, um consulente o que ele deve fazer para agradar ou satisfazer um determinado òrìsà, obtendo desta forma um resultado satisfatório para o òrìsà e para o consulente.

Òrúnmìlà sabe e conhece o destino de todos os homens e de tudo o que têm vida em nosso mundo, pois ele está presente no ato da criação do homem e sua vinda a terra, e é neste exato instante que Ifá determina os destinos e os caminhos a serem cumpridos pôr aquele determinado espírito.

É pôr isso que Òrúnmìlà tem as respostas para toda e qualquer pergunta lhe é feita, e que ele têm a solução para todo e qualquer problema lhe apresentado, e é pôr esta razão que ele têm o remédio para todas as doenças que lhe forem apresentadas, pôr mais impossível que pareça ser a sua cura. Desta forma todos nós deveríamos cultuar Òrúnmìlà e Ifá, pois felizes aqueles que a ele adoram e veneram como sua entidade e fonte de energia e sobrevivência, sendo assim com certeza poderemos alcançar a sorte, a felicidade, a inteligência, a sabedoria, o conhecimento, enfim, o seu destino ideal juntamente de seu equilíbrio.

Todos nós deveríamos consultar Ifá antes de tomarmos qualquer atitude e decisão em nossas vidas, com certeza iríamos errar menos, os Yorubás consultam Ifá antes de tomarem qualquer decisão, com pôr exemplo, antes de um casamento, antes de um noivado, antes do nascimento e até mesmo na hora de dar o nome a criança, antes da conclusão de um negócio, antes de uma viagem, etc.

Além disto tudo, Òrúnmìlà é também quem tem a vida e a morte em suas mãos, pois ele é a energia que esta mais atuante e mais próxima de Olòrún, podendo ele ser a única entidade que tem poderes para suplicar, pedir ou implorar a mudança do destino de uma pessoa.

Ajé Sarikí (AJÈ SALUGA) 
É uma divindade muito cultuada entre o povo Yorubano, pois se trata de um Orixá que quando é tratada costuma trazer riquezas e prosperidade àquele que a trata. Ajè Salugá é a irmã mais nova de Yemojá. Ambas são as filhas prediletas de Olokun. Quando a imensidão das águas foi criada, Olokun dividiu os mares com suas filhas, e cada uma reinou numa diferente região do oceano. ...
Ajè Salugá ganhou o poder sobre as marés.

É um fundamento que poucas Casas de Santo conhecem ou cultuam, para Assentar Ajè Salugá faz-se necessário ter os seus 4 fundamentos também assentados, para que se consiga atingir os intentos, mudar o destino, consagrar todo o ritual e atingir o objetivo que é o de prosperar quem a cultua.

Teve seu culto iniciado quando um dos Itans de Ifá fora revelado, neste Itan conta que Ifá se encontrava em uma situação financeira muito ruim, a fome e a necessidade lhe acompanhavam. Havia uma menina muito feia que dizia ter saído a pouco das profundezas do mar, ninguém gostava dela, ninguém pretendia aceitá-la dentro de casa por não aceitar sua feiura, deste modo ela andava vagando pelos caminhos, ruas e estradas à procura de um descanso. Um dia Ifá abriu sua porta e se deparou com aquela menina feia, e ela pediu estadia, sem pensar duas vezes Ifá como sempre muito generoso, aceitou-a dentro de casa e deu a ela o pouco que tinha para comer, além de um lugar para descansar.

Durante a noite Ifá foi surpreendido por aquela menina dizendo que estava querendo vomitar, Ifá preocupado com aquilo providenciou uma tigela e estendeu a frente da menina, mas ela se recusou, então ele a apresentou uma cabaça e obteve recusa, da mesma forma aconteceu quando ele lhe ofereceu um jarro, o maior que ele possuía em sua casa, mesmo assim ela se recusou a vomitar ali, e disse à Ifá que em sua casa ela estava acostumada a vomitar em um quarto.

Ifá levou-a para o único quarto que aquela casa possuía e chegando lá mais uma vez se surpreendeu, quando viu aquela menina vomitando inúmeras pedras preciosas, azuis, amarelas, brancas, e de todos os tipos, incansavelmente. Pelo caminho, um homem viu o apuro que Ifá estava passando com aquela menina e perguntou se ele podia entrar para prestar ajuda, quando entrou no quarto onde estavam se encantou com tamanha riqueza que aquela menina deixava pelo chão de Ifá e exclamou: “Há! Nós não conhecíamos os poderes desta menina, por isso a repudiávamos, e hoje estão revelados!”

Este homem disposto a serví-la, colocou-lhe o nome de Ajè Salugá. Depois disso todos ficaram sabendo dos presentes que Ajè havia dado a Ifá, e todos queriam recebê-la em suas casas.
Outro Itan sobre Ajè diz que Yemojá é a mais velha Olokun e que Ajè Salugá é a Olokun caçula, mas de fato ambas são irmãs apenas. Olokun deu às suas filhas os mares e também todo o segredo que há neles. Mas nenhuma delas conhece todos os segredos, que são os segredos de Olokun. Ajè Salugá era, porém, menina muito curiosa e sempre ia bisbilhotar em todos os mares. Quando Olokun saía para o mundo, Ajè Salugá fazia subir a maré e ia atrás cavalgando sobre as ondas.

Ia disfarçada sobre as ondas, na forma de espuma borbulhante. Tão intenso e atrativo era tal brilho que às vezes cegava as pessoas que olhavam. Um dia Olokun disse à sua filha caçula: “O que dás para os outros tu também terás, serás vista pelos outros como te mostrares. Este será o teu segredo, mas sabe que qualquer segredo é sempre perigoso”.

Na próxima vez que Ajè Salugá saiu nas ondas, acompanhando, disfarçada, as andanças de Olokun, seu brilho era ainda bem maior, porque maior era seu orgulho, agora detentora do segredo. Muitos homens e mulheres olhavam admirados o brilho intenso das ondas do mar e ficaram cegos com o brilho. Sim, o seu poder cegava os homens e as mulheres.

Mas quando Ajè Salugá também perdeu a visão, ela entendeu o sentido do segredo. Yemojá está sempre com ela, quando sai para passear nas ondas. Ela é a irmã mais nova de Yemojá.

Ajè Salugá é uma divindade muito rara, por ter seu culto quase extinto. Poucos o conhecem, e os que conhecem, na maioria, se recusam a passá-los à frente. Seus assentos devem ficar na casa de Osaàla, e nunca devem ser tocados por outra pessoa que não seja seu dono. O assento de Ajè deve ser dado ou ganhado, a pessoa não pode simplesmente assentá-la para si.

Os materiais utilizados devem ser providenciados por seu novo dono, e por serem estes materiais de um custo muito alto, geralmente demora muito para se conseguir tudo.
Conchas grandes, caramujos do mar, jóias naturais, corais, são os símbolos desta divindade. Não existem cerimônias abertas para ela, nem festas. Gosta de arroz cru com mel e farinha perfumada, o local onde Ajè encontra-se assentada, não pode ser visitado por muitas pessoas, mostra-se muito tímida e cismada. Seus rituais devem acompanhar os de Osaàla.

Faz-se necessário ainda que esses Orixás estejam dispostos da seguinte forma na arrumação do Ojubó:

Orunmilá ao centro, Esú Odará à esquerda, Osanyín à direita, Igbá Ori à frente e o assentamento de Ajè esteja à frente do Igbá Ori e abaixo, significando o caminho daquela pessoa e o que está no por vir dela.

Ajè é um Orixá do sexo feminino e tem seu poder em mejí ao centro de tudo, vive cercado de uma outra quantidade de peças importantes e primordiais para o seu devido encantamento.

Após longo Ritual de Consagração desse Igbá Ajè Salugá, com Rezas, Cânticos e Sacrifícios é entregue então ao seu novo cultuador o Igbá Ajè, só quem manuseia e trata de Ajè é a pessoa que o recebeu, corre-se o risco de se perder tudo quando este Orixá é cuidado por outra pessoa que não a recebeu.

Devido a esse Tabu, não se deixa ninguém que não seja de nossa inteira confiança entrar no local onde Ajè está assentada.

Ajè Salugá vive numa Sopeira ou pote grande de louça subdividida de características especiais, é um Orisá de coisas frescas e preciosas.

Geralmente Babalorisás, Iyalorisás, Babalawos, comerciantes, pessoas de grande poder aquisitivo que conseguem assentá-lo devido ao custo em adquirir o material para assentá-lo.

Okô

 é o orixá da agricultura. Ele era um caçador pobre, solitário, que possuía apenas um cão e uma flauta. Possui chibata de couro e um cajado de madeira. Toca uma flauta de osso. Veste branco.

Divindade da agricultura, ligado a colheita dos inhames novos e a fertilidade da terra. Orixá Yoruba, pouco conhecido no Brasil. Na época em que os escravos chegaram, não deram muita importância a este Orì...
xá, considerando-o como da agricultura, em seu lugar, Òfún, e dos grãos, Obaluaiyê.
Em sua representação, traz um cajado de madeira que revela sua relação com as árvores, além de uma flauta de osso que lembra sua relação com a sexualidade e a fertilidade. É confundido com Oxalá, pois ambos vestem o branco. Seu Òpásórò (cajado), no Brasil, é confeccionado em madeira. Sendo um Orixá raro, tem poucas qualidades conhecidas. É um Orixá rico.
Seu nome vem do yoruba, significa: Orixá da Palavra. As abelhas são suas mensageiras. É da agricultura junto com Ogum, e portanto, ligado às colheitas, principalmente de inhame.
É representado por uma estátua de madeira provida de um imenso falo. Seus símbolos são: cajado de madeira, uma flauta, uma chibata de couro, uma faca com fileira de búzios. Na África usam uma barra de ferro como símbolo.
Tem o poder de curar a malária, à qual estão expostos aqueles que lidam com agricultura. É árbitro de conflitos, especialmente entre mulheres, e não raro, juiz das costumeiras disputas entre os orixás.
Tem um título: Eni duru, que significa aquele que é erigido, personagem em pé, referência a seus atributos fálicos.
Na época da colheita do inhame, ninguém comia o inhame novo sem antes fazer uma festa para Okô. As sacerdotisas do templo do orixá se entregavam aos sacerdotes sexualmente, e todo homem que encontrava uma mulher podia ter relação sexual naquele dia. Na ocasião, uma bandeja de madeira contendo côco, cana de açúcar, milho, inhame, todos crus, como oferenda. Nas festas na África, cozinha-se todo tipo de vegetais produzidos pela terra e são colocados na rua para que todos se servissem à vontade.
Sacrificam galinha de angola macho, tudo com mel, pois não se usa dendê para esse Orixá. Come cabritos brancos, novos de chifres virados, ou galos brancos com esporão grande, além de pombos brancos.
As comidas devem ser brancas como: acaçá de Oxalá, inhame cozido em fatias com mel, canjica branca também com mel.

Erê


No Candomblé, Erê é o intermediário entre a pessoa e o seu Orixá, é o aflorar da criança que cada um guarda dentro de si; reside no ponto exacto entre a consciência da pessoa e a inconsciência do orixá. É por meio do Erê que o Orixá expressa a sua vontade, que o noviço aprende as coisas fundamentais do candomblé, como as danças e os ritos específicos do seu Orixá.

...
A palavra Erê vem do yorubá, iré, que significa “brincadeira, divertimento”. Daí a expressão siré que significa “fazer brincadeiras”. O Erê (não confundir com criança que em yorubá é omodé) aparece instantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja, o Erê é o intermediário entre o iniciado e o orixá.

Durante o ritual de iniciação no Candomblé, o Erê é de suma importância pois, é o Erê que muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado.

O Erê às vezes confundido com Ibeji, na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o Erê é o responsável por muita coisa e ritos passados durante o período de reclusão. O Erê conhece todas as preocupações do iyawo (filho), também, aí chamado de omon-tú ou “criança-nova”. O comportamento do iniciado em estado de “Erê” é mais influenciado por certos aspectos da sua personalidade, que pelo carácter rígido e convencional atribuído ao seu orixá. Após o ritual do orúko, ou seja, nome de iyawo segue-se um novo ritual, ou o reaprendizado das coisas chamado Apanan.

A confusão entre Ibeji e Erê é muito frequente, ao ponto que em algumas casas de candomblé e batuque Ibeji é referido como Erê (criança) que se manifesta após a chegada do orixá, em outras são cultuados como Xangô e ou Oxum crianças. Porém na verdade Ibeji é um orixá independente dos Erês. Dado o facto conhecido e recorrente de que muita gente transita entre o Candomblé e a Umbanda, é também natural que esta confusão se acentue, dados os conceitos e entendimentos diferentes que existem nas duas religiões e que muitas vezes as pessoas não conseguem diferenciar.

Na Umbanda, Erês, Ibejada, Dois-Dois, Crianças, ou Ibejis são entidades de carácter infantil, que simbolizam pureza, inocência e singeleza e se entregam a brincadeiras e divertimentos. Pedem-lhes ajuda para os filhos, para fazer confidências e resolver problemas. Geralmente supõe-se que são espíritos que desencarnaram com pouca idade e trazem características da sua última encarnação, como trejeitos e fala de criança e o gosto por brinquedos e doces. Diz-se que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. São tidos como mensageiro dos Orixás, respeitados pelos caboclos e pretos-velhos. Geralmente, são agrupados em uma linha própria, chamada de Linha das Crianças, Linha de Yori ou Linha de Ibeji. Costumam ter nomes típicos de crianças brasileiras, como Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Paulinho e Cosminho. Seus líderes de falange incluem Cosme e Damião. Comem bolos, balas, refrigerantes, normalmente guaraná e frutas.
Ver mais
Iroko salva Orunlá de Iku

Iku vivia perseguindo Orunmila,que na beira do rio igbojare, cansado encostou-se numa grande árvore e fez um pedido a Oloodumare. Quando Iku estava perto de alcançá-lo,no céu apareceu um arco-iris,e na cor branca do arco-íris,surgiu Iyewa.

O espirito da árvore disse à Iyewa, que fosse para beira do rio e fingisse estar lavando roupas,que por ali passaria Iku. O espírito daquela árvore disse também à Orunmila,que era Iroko Naigela,arriando todos os galhos da árvore sobre Orunmila.

Quando Iku chegou ao rio ,encontrou Iyewa,que refletiu sobre ele a cor branca de Oxalá.Iku ficou momentaneamente aturdido,caminhando na direção de Iroko,parou perguntando à Iyewa,se tinha visto alguém passar por ali.Iyewa lhe disse sabe quem sou eu?Ele disse ,sei tu é Iyewa,esposa de Oxumare.

Iyewa respondeu que viu sim,e que tinha ido por ali,indicando o caminho errado a Iku.Quando Iku deu um passo para traz,Iroko rolou sua grossa raiz e derrubou Iku no chão. Neste momento Orunmila trocou de esconderijo,passando para baixo das saias de Iyewa.

Iku pensou que tinha tropeçado.Iroko o levantou,então Iku lhe disse: Iroko, pelo seu ato de levantar-me, atenderei um pedido seu. Iroko falou à Iku,que baixo dos seus galhos havia um encantamento que não deveria ser tocado por ele, nem por ninguém.

Iroko disse que Iku deveria deitar-se no chão,para não esquecer o prometido,e assim Iku fez.Este era o momento esperado por Iroko,que o prendeu em suas ossas raízes.

Orunmila saiu do seu esconderijo e Iku tentou agarrá-lo,mas não consegui,pois estava bem preso nas raízes de Iroko.Orunmila,agradeceu à Iyewa,que neste momentocria em pensamento um pedido,um grande desejo.

Orunmila lhe diz :Iyewa tu serás mãe. E isto era justamente o que ela pensava e desejava.

Iroko disse à Iku,que tentava furioso se libertar:só te levanto do chão,se retirar este “ijuju” que tens em seu pescoço e amarre no meu tronco.

Para se libertar,Iku atendeu ao pedido de Iroko,as raízes se abriram e Iroko levantou a morte do chão. Iroko amarrou o “ijuju” de Iku no pescoço de Orunmila, para lhe servir de proteção contra o próprio Iku.

Iku se afasta do rio. Orunmila e Iyewa encontram Obaluaiye, e seguem caminhando. Com este poderoso feitiço pendurado em seu pescoço,Orunmila estava livre das persseguições de Iku.
O Abiyan é toda pessoa que depois de fazer uma consulta através dos búzios com o Babalorixá ou Iyalorixá, tenha tomado no mínimo um Obí e tenha um fio de contas lavado de Oxalá..

Os procedimentos e comportamentos básicos do Abiyan:

Estar vestido de branco principalmente se a casa for de Oxalá, ressaltando que:
...
- Homens – calça comprida e camisa branca;

- Mulheres – Vestido ou saia/camisa branca;

Ao chegar ir direto beber um copo d’água para esfriar o corpo da rua, sem fazer paradas e evitar qualquer conversa;
Tomar seu banho de ervas e colocar sua roupa de morin;
Bater a cabeça no Axé, na porta dos quartos de Santo; para o Babá/Iyá, “trocar” à benção com TODOS os seus irmãos, sendo por ordem hierárquica (dos mais velhos aos mais novos), de acordo com a ordem iniciada;
Perguntar ao Babá/Iyá, sobre a função que deverá fazer na Casa; muitas vezes por ordem do Babá/Iyá, as funções podem ser determinadas pelas Ajoiês (Ekédis) da Casa.
O Abiyan deverá fazer suas refeições sentado na ení (esteira), e assim que terminarem, deverão levantar as mesmas e guardá-las. Não devem colocar os pés calçados nas enís;
O Abiyan somente poderá dormir em ení, caso se faça necessário terá a autorização do Babá/Iyá para dormir nos quartos dos Orisás;
O Abiyan ao acordar não deve falar com ninguém, deve antes beber um pouco de água: isso é para apagar os vestígios ou traços negativos provocados pelo mau hálito;
O Abiyan não deve ocultar do Babá/Iyá qualquer tipo de dúvida, problema e mal entendido;
O Abiyan não deve fumar na frente de seu Babá/Iyá;
O Abiyan nunca fica de pé em frente ao Babá/Iyá e sim agachado, com a cabeça baixa;
O Abiyan nunca interrompe o Babá/Iyá quando estiver conversando com alguém. Quando tiver visita no barracão (egbomis, ekedes, ogans, zeladores), seja em dia de festa ou em dia corriqueiro, é correto que os filhos se abaixem próximo a ele para dirigir a palavra. Diz então: “AGÔ” (licença), espera ele dizer “AGÔ YA” e de cabeça baixa falar com ele em tom de voz baixa;
O Abiyan não deve passar pelo o Babá/Iyá com a cabeça erguida, e sim um pouco curvado para frente;
O Abiyan sempre que for servir o Babá/Iyá, deve-se levar o pedido numa bandeja ou prato e abaixar-se para servir;
O Abiyan só deverá entrar nas rodas de Xirê se forem chamados pelo Baba/Iyalorixá;
O Abiyan tem suas funções na casa relacionadas à limpeza e manutenção, salvo se for um Abiyan antigo e de confiança poderá exercer outras funções;
O Abiyan não tem Orixá definido ainda, por isso é denominado um Abiyan (aquele que está começando em um novo caminho) mesmo que venha de outra casa;
O Abiyan deverá sempre pedir “Agô” para entrar e sair de cada ambiente do terreiro e esperar a resposta, “Agô ya” de um mais velho;
O Abiyan só poderá ir embora com autorização do Baba/Iyalorixá;
O Abiyan não questiona rituais litúrgicos de sua casa, respeita a hierarquia e se coloca sempre no seu lugar;
O Abiyan deve aproveitar o máximo este período de aprendizado, humildade e retidão, pois é neste momento que irão refletir quanto a futura iniciação, as responsabilidades do que é ser um Adôxu, um Iyawó.
A vivência no axé, a disciplina, observar o comportamento dos mais velhos, ser verdadeiro com seus sentimentos para com o Orixá, estar despojado de vaidades, e entender que o mais importante não é “fazer o santo e sim saber o porquê de se iniciar para o santo”. Não há pressa para iniciação, Orixá entende e nos concede essa oportunidade de aperfeiçoamento e adaptação, salvo as raras exceções.

Ser um bom Abiyan é estar se preparando para no futuro ser um bom Iyawó e assim como ser for um bom Iyawó é estar se preparando para ser um bom Ègbón.