segunda-feira, 8 de outubro de 2012

jeje mahi

A floresta é habitada por árvores centenárias gigantes, e estátuas de divindades Fon.
Heviosso, Dan, Sakpata.
E também os Vodus reais como Dâguessou, protetor do rei Ghézo, com seus poderes contidos em pequenas cabaças, fetiches em forma de bracelete.
À entrada, o grande Legba figura numa expressão profana sob os irokos centenários.
Uma imensa árvore de Iroko é atribuída como o refugio do rei Kpasse, o fundador de Uidá.
Kpasse governou por volta de 1530 e fundou a religião dos vodus.
Conforme se conta a lenda, o rei Kpasse nunca morreu, mas transformou-se numa árvore de Iroko.
Essa foi a maneira que encontrou para defender-se dos inimigos.
Kpasse Zoume ou floresta sagrada do rei Kpasse, é o local onde residem todas as forças do Vodu.
boas ou ruins, antigas ou atuais, distantes e locais.
Foram quase destruídas durante o velho governo marxista, mas essa área está sendo revitalizada com novas esculturas de deuses do vodu, doadas pelo governo atual.
No período entre 1530 e 1580, Kpasse tornou-se o segundo rei de Savé (localizada a nove quilômetros de Uidá) e também o fundador de Uidá.
Lenda
Quando soube que seus inimigos estavam planejando mata-lo, alertou seus dois filhos, dizendo que apesar de ser eterno ele iria desaparecer um dia.
E que se acontecesse dele não deixar o seu quarto antes do por do sol, seus filhos não deveriam abrir a sua porta, mas saberiam que ele havia partido.
Após nove dias eles receberiam um sinal especial de seu pai, que ao ser decifrado, protegeria suas famílias para as gerações vindouras.
Logo que o rei desapareceu em Savé, sua família viu um pássaro que nunca tinham visto antes.
Ele os levou para a floresta sagrada em Uidá. Ao pisar no chão sagrado da floresta, o pássaro se transformou em duas panteras que rugiam um macho e uma fêmea.
A família ficou amedrontada até ouvir tranquilizada a voz do rei.
Ele deixou uma mensagem importante: se em alguma circunstância eles estivessem em apuros, deveriam vir a te a floresta e rezar para uma determinada árvore de iroko que abrigava a sua alma.
Naquele tempo a arvore era apenas um broto. Hoje ela está atrás das ruinas da velha casa da administração francesa, na floresta sagrada, e abandonada porque os espíritos eram "muito fortes" para os franceses.
Perto da árvore encontram-se altares que ainda são usados, incluindo um pote de barro, junto ao iroko onde reside o espirito do rei Kpasse.
Hoje esse símbolo associado com o vodu do rei Kpasseé, é um segredo, conhecido apenas por seus descendentes diretos
Agajadossú, divindade protetora da família real do Daomé.
Agajadossú, Agassú, Agassou também conhecido por Ati-A-Sou é uma divindade que protege as antigas tradições do Daomé.
Ele foi um herói mítico que fundou a linhagem Kpòvi, (os filhos do leopardo), uma seita constituída pelos membros da Sociedade do Leopardo.
Agajadossú ou Agassou foi gerado pela princesa Alìgbonon após o encontro amoroso com esse animal.
Tadô, a cidade desse rei, fica às margens do Rio Mono, no atual Togo.
O nome Agajadossú significa bastardo.
Seus irmãos também geraram semideuses.
Seus descendentes fundaram os reinos de Allada, Abomé e Porto Novo.
Essas cidades constituíram as bases do reino do Daomé.
Agajadossú é reverenciado nesses três centros urbanos, mas seu principal local de culto está em Abomé.
Ali reside o Agassunon, sumo-sacerdote que chefia os cultos dentro da cidade.
Seu emblema é o leopardo, cuja pele também faz parte das insígnias reais.
Seus iniciados são chamados de Hogbonutó (nativos de Hogbonu em Porto Novo), local de origem do culto de Agajadossú.
A sua linhagem continua viva e os trajes reais ainda se usam nos dias de hoje pelos membros da Sociedade.
Os homens que pertencem ao clã do Leopardo ainda preservam a linhagem de Agajadossú.
Seu escudo e sua lança, presentes que recebeu de seu pai mitico, foram conservados até os dias de hoje.
Agajadossú pode ser considerado o primeiro humano cuja ascendência como Vodun pode ser traçada
Quinto filho de Mawu.
Na mitologia Ewe-Fon, Agué é o Vodun das Folhas, Plantas, caça e das florestas, governa os animais e os pássaros.
É cultuado no hunkpame (altar) de Mawu-Lissá e seu fetiche é um montículo de barro que fica entre os dois.
Foi Agué quem ensinou aos homens os segredos das plantas e de todas as artes.
Ele também é o chefe de todos os Aziza, ou espíritos da floresta similares aos elfos ou gnomos das mitologias europeias.
Tem uma só perna, e às vezes também é representado com um único braço e um só olho.
Agué, encarna a inteligência e a sensibilidade do indivíduo para se adaptar à natureza.
Suas características o aproximam ao orixá Ossanha (deus das folhas), e Oxóssi (deus da caça dos iorubas
DaN
É o vodun da riqueza, bastante popular na Religião Fon. Representado por serpente que rasteja e se esconde na terra, mas que ascende ao céu na forma de arco-íris, sendo chamado pelo título completo de Dan Ayidohwedo. Ele é um Ayi-vodun, ainda que possa ser associado aos Ji-vodun, pois diz-se que ele transporta Heviossô até as nuvens para semear as chuvas benfazejas.
O culto de Dan é originário do província Mahi, no planalto ao noroeste de Abomei e, de fato, pode ser considerado o Tô-vodun, divindade nacional dos Mahi. No resto do país Fon, os noviços de Dan são chamados por isso de mahinu, e falam o dialeto mahi dentro do convento. No final da iniciação eles são chamados de lali, que têm somente metade da cabeça totalmente raspada ao término do processo de iniciação. O vodun Dan corresponde a uma família completa, onde existem 41 aspectos masculinos e femininos da divindade. Talvez por ser ligado à fertilidade e à riqueza, Dan possui muitos adeptos e iniciados que buscam suas benesses. Não pode ser confundido com Dangbê.
Conservam-se no Candomblé Jêje a lembrança da ligação com Mahi e alguns nomes como os de Gbèsén ("A que faz frutificar a vida" - aspecto feminino) e Jikún ("Semeador da chuva" - aspecto masculino).
VODUN GU
Na mitologia tribal do Daomé, atual Benim, Gu representa o deus da guerra e o patrono dos artesãos e ferreiros.
O filho de Mawu-Lissa começou como um simples operário e foi enviado para a terra para fazer tarefas estranhas como "tapar" algumas crateras, "ajeitar" oceanos que vazavam, e coisas desse tipo.
Os mortais ficaram muito gratos com essa ajuda e elevaram Gu a divindade.
Seus pais, Mawu-Lissa, lhe deram a incumbência de tornar a terra habitável para os humanos, uma tarefa na qual ainda está envolvido.
Ha indícios que o culto de Gu foi introduzido no sul do Daomé ao final do século XVII por ferreiros iorubás.
Com o tempo foi tornando-se bastante popular, sendo cultuado por todos, inclusive nos
altares de outros voduns.
O seu emblema é o gubassá, uma adaga metálica adornada com desenhos simbólicos e utilizada em diversos rituais, incluindo o culto de Fa.
Ha também uma adaga menor, o gudaglô, um fetiche usado para garantir a proteção contra os males que afligem seus filhos.
Sua imagem é frequentemente representada segurando estes dois facões, o gubassá na mão direita e o gudaglô na mão esquerda.
Gu é a denominação do orixá Ogum tanto no Ewe, Etnia do Togo como no Fon, Etnia do Benin.
Na língua fon a palavra "gu" significa ferreiro aquele que conhece e domina as artes do fogo, com características semelhantes a dos deuses romanos Marte e Vulcano.
Devido ao domínio da potencia do fogo, Gu é considerado um grande amante e símbolo de potencia sexual.
Por ser um vodun que não tem cumplicidade com o mal, é capaz de exterminar todos aqueles que agem de modo infame, característica expressa nos dizeres "da gu do", dos fons
Heviossô, Xêvioso ou Xêbioso é o Vodun do céu e se manifesta na forma de trovões e raios.
Ele é o segundo filho do Mawu sendo considerado um Vodun de justiça, que castiga ladrões, mentirosos, criminosos e malfeitores (incluindo feiticeiros e pessoas que praticaram alguma injustiça).
Os seus símbolos são o raio, o carneiro e o fogo, e seus emblemas são a cor vermelha, o sô-kpé ("pedra de raio") e o sossiovi (machado de uma lâmina com forma de cabeça de carneiro). Heviossô tem vários filhos, entre os quais Sogbô, Aklonbé e Avlékété.
O culto de Heviossô é originário do território Hwedá, ou seja, da mesma área de onde veio o culto de Dangbê, mais particularmente, da cidade de Hevié, a qual originou seu nome Hevié-Sô, o trovão ou fogo, de Hevié.
Posteriormente foi incorporando outras divindades locais do trovão, como Gbamé-Sô, do território Mahi,
tornando-se Gbadé, além de Djakuta, de origem iorubá entre outras que foram identificadas como "filhos de Heviossô".
Os iniciados de Heviossô trazem na testa uma marca feita durante a iniciação com escarificações e tatuagens feitas com cinzas de certas substâncias e pelo uso de uma gargantilha feita de algodão torcido (hunkan).
Em algumas regiões, seus iniciados ainda usam um colar de contas vermelhas de doze fios de contas (hunjevé).
Na cultura fon tradicional, quando uma pessoa morre punida por Heviossô (queimada em incêndio ou fulminada por um raio), seu cadáver não é enterrado imediatamente.
O corpo é exposto em um cavalete diante do hunkpame de Heviossô com dinheiro e presentes, e um sacerdote sai e "come" ritualmente o cadáver, tocando-o repetidamente com a mão direita e levando-a a boca.
Depois recolhem dinheiro e presentes e aspergem o cadáver com substâncias simbolicamente "calmantes".
Só então a família pode levar o cadáver para o funeral.
O processo pode demorar vários dias, ao longo dos quais a família pode acrescentar mais presentes para o templo
Aho gbo gbo ih Gbessen!

Bessem era um menino que atendia no reino de dahomé, filho de nanã e rei da cidade de mahin e mesmo assim sentia-se insatisfeito e foi consultar um bokonon . Ele ensinou um ritual para tornar-lo mais rico e poderoso deveria oferecer uma faca de ouro e quatro pombos brancos e muitos búzios.
Bessem obedecendo as ordens de Fá , pois se a fazer a oferenda mais nesta mesma hora , o rei de savalú mandou chama-lo para uma festa de todos os voduns, ele então recusou-se a atender o convite dizendo que só iria depois determinada a cerimônia.Sakpatá ficou enfurecido com a recusa de Bessem .
Quando Bessem retornou em sua casa , recebeu um chamado de Olocum , rainha de um pais vizinho , que necessitava de sua sabedoria para curar seu filho.
Fá foi consultado por Bessem que fez as oferendas necessárias e curou o filho de Olocum .
Em gratidão ela ofereceu a ele riquezas, cavalos , escravos e um lindo pano verde.
Retornando a casa com inestimável tesouro , Bessem foi visitar sei irmão Sakpatá rei da cidade de savalú , que muito se admirou .Quis saber sobre os presentes recebidos , Bessem contou da cura do filho de Olocum .
O rei que tinha uma rivalidade nata com quem quer que fosse , não queria ficar a baixo de Olocum.
Então ofereceu a Bessem uma roupa amarela muito preciosa e muitos e muitos outros presentes .
Foi assim que Bessem tornou-se rico e respeitado, e depois de um certo tempo Sakpatá resolveu dar seu reinado para bessen.

Saudação: Aho gbo bgo ih Gbesen. ( Arroboboi )

Elemento: Água.

Animal: Dan(cobra).

Ferramenta: Dan, Drakar.
Dà Làngàn Òtòlú é a forma que o Vòdún Òtòlú era conhecido na cidade de Savalú. Desde criança Dà làngàn mostrava as suas habilidades na caça e na arte de guerrear. Dà Làngàn foi criado para suceder o seu tio Ázáká. Diz a lenda que, quando Dà làngàn ainda um adolescente ficou perdido na floresta e foi cercado por um enorme Leopardo negro faminto. O jovem Dà Làngàn tinha o costume de tocar uma flauta de osso quando estava descansando na floresta. Esse instrumento pertencente a um Vòdún da mata ligado aos sons emitidos na floresta, Vòdún esse chamado de Àzízá, que é um adolescente que vive tocando a sua flauta de osso pelo meio da mata atraindo para dentro dela as pessoas não bem-vindas por ele. Assim quando o Leopardo o cercou, Ázízá tocou a sua flauta distraindo o Leopardo e com um ataque feroz, Dà Làngàn voou no pescoço do Leopardo e, com um punhal, cortou-lhe sua cabeça e bebeu seu sangue depois comeu algumas partes dele a fim de ter as mesmas habilidades. Assim Dà Làngàn, passou a ser muito respeitado mesmo ainda sendo um adolescente. O título de Òtòlú que significa ´´Chefe caçador de Savalú ´´ foi conquistado quando Dà Làngàn acabou com uma tentativa de invasão pelos Nago na floresta de Savalú, então seu pai o Rei Kúxòsú, deu-lhe o título de Òtòlú e no mesmo dia ele ganhou o comando dos Valutö( um grupo seleto de guerreiros caçadores que o próprio Òtòlú era membro e agora ele os comandava). Com o adoecimento de seu pai, Dà Zòjí seu irmão primogênito assumiu o trono e assim Òtòlú assumiria também os Zúncòtòlè. Quando Òtòlú assumi a liderança dos Zùncòtòlè ele ganha importância dentro do reino e principalmente dentro do clã Sákpátá pois, agora ele tinha uma função de captar alimentos da floresta e proteger o reino. Nesse tempo Ázáká, Otölú e seu primo Ázáwànì quando juntos em caçadas ou batalhas na floresta, eram chamados pelos inimigos e admiradores de Hùndèválú título dado aos grandes ancestrais Caçadores-Guerreiros da antiga dinastia de Savalú. Após a morte de seu pai e a posse em definitivo de Dà Zòjí ao trono, Dà Zòjí dá o comando do exército de Savalú para Dà Làngàn Òtòlú que, após o comando, constrói em um vilarejo perto da costa, um tipo de quartel dos Valutö e um centro de culto ao Vòdún Ázízá. Essa cidade ,depois de sua morte, foi o primeiro local de culto ao grande Guerreiro-Caçador de Savalú conhecido como Òtòlú ou simplesmente por sua velocidade e ferocidade como Tòlú-Tòlú o Guerreiro que não erra. Por ter sido cultuado primeiramente em Dàgbá e, o mesmo que gostava de tocar a sua flauta debaixo de uma árvore com o mesmo nome de Dàgbá, sua fava de iniciação é o fruto da árvore Dàgbá. Na parte litúrgica do culto Vòdún Òtòlú é responsável pela a fartura alimentícia e segurança das casas de culto próximas a florestas, em qualquer ato de colher ou caçar na floresta Òtòlú deverá ser consultado juntamente com Ázízá. Na cerimônia do Grá, Òtòlú tem a função de proteção aos neófitos quando os mesmos entram na floresta. Vòdún imprescindível nas feituras dos neófitos no Ásé do Kpò Dàgbá, pois ele é peça fundamental em uma cerimônia chamada Ámátítè.

Saudação: Aho gbo gbo ih otolú, ilo voduo da cya zumê.

Simbolo: Brajá, lagdibá e o drakar.

Ferramenta: Uma flauta de osso, um arco e flecha e a piá(nome das lanças usadas pelos voduns)
Yewa andava pelo mundo,

procurando um lugar para viver.

Yewa foi até a cabiceira dos rios

iai junto as fontes e nascentes escolheu sua morada.

entre as águas Yewa foi surprieendida

pelo encanto e a maravilha do Arco-íris.

e dele Yewa loucamente se enamorou.

Era Bessen que a encantava.

Yewa casou-se com Bessen

e apartir daí vive com o arco-íris,

compartilhando com ele o segredo do universo.

Saudação: Hirro Yewa.

Ferramenta: Drakar, Dan(cobra), piá(lança usada pelos voduns).

Simbolo: Brajás e Laguidbás

Um comentário: